
A prefeita Suéllen Rosim (PSD) reassumiu o cargo nesta sexta-feira (10) após 12 dias de licença, período durante o qual o vice-prefeito Orlando Costa Dias (PP) permaneceu à frente da istração.
A cerimônia que reempossou a mandatária ocorreu na manhã de ontem em solenidade na Câmara da qual participaram, além da Mesa Diretora e outros vereadores, integrantes do alto escalão do governo municipal.
A prefeita reassume o cargo em meio a uma celeuma iniciada ainda no mês ado, na esteira da aprovação do projeto que instituiu o novo organograma da Prefeitura de Bauru.
O mal-estar escalou a níveis mais críticos na semana ada com a declaração do governo dada à Procuradoria-Geral de Justiça, órgão máximo do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), apontando para a elaboração de um novo projeto de lei do organograma após constatar erros na norma vigente, aprovada pela Câmara em abril sete dias após chegar ao Legislativo.
Nos termos do ofício encaminhado ao MP, o governo afirmou ter constatado "a existência de inconsistências e erros materiais" na legislação que instituiu o novo organograma e disse ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP) que os problemas "serão sanados em nova minuta de projeto de lei que já se encontra em elaboração".
A manifestação, assinada pelo então prefeito em exercício Orlando Costa Dias (PP), veio no âmbito de uma apuração do MP sobre possíveis inconstitucionalidades na lei do novo organograma - aberta a partir de representação da vereadora Estela Almagro (PT) - e teria pegado de surpresa integrantes do terceiro andar do Palácio das Cerejeiras.
O caso teria criado rusgas ainda maiores ante a declaração de Orlando ao programa Café com Política, parceria entre o JC e a 96FM, de que o ofício endereçado ao MP só chegou até ele no último dia do prazo para resposta.
Na mesma entrevista, o àquela altura prefeito em exercício ainda reafirmou ser pré-candidato a prefeito em 2028 e defendeu um governo "extremamente enxuto e sem me preocupar com reeleição" - declaração dada pouco depois da criação de três secretarias e novos cargos comissionados.
Na segunda-feira (9), como mostrou a coluna Entrelinhas, o líder do governo na Câmara, vereador Sandro Bussola (MDB), buscou minimizar a manifestação da istração ao MP e afirmou que desconhece quaisquer planos em torno de um novo organograma. Ele citou apenas que "erros pontuais" seriam corrigidos.