A Conmebol abriu um processo disciplinar contra o volante Bobadilla, que foi acusado de xenofobia por Miguel Navarro, do Talleres (ARG), ontem, após jogo pela Copa Libertadores. 4z4ud
O caso será examinado a partir dos elementos disponíveis e não significa uma presunção de culpa. O paraguaio foi acusado por Navarro de proferir as seguintes palavras: "venezuelano morto de fome".
O episódio se enquadra no Artigo 15 do Código Disciplinar da Conmebol, que prevê suspensão de "pelo menos dez partidas ou por um período mínimo de quatro meses".
Na tarde desta quarta-feira (28), o clube paulista informou que "está acompanhando atentamente a apuração dos fatos" e "providenciará que Bobadilla seja devidamente orientado por meio de medidas educativas que serão conduzidas pela área de compliance".
O paraguaio foi acusado por Navarro de proferir as seguintes palavras: "venezuelano morto de fome". O jogador do Talleres chorou bastante em campo e quis deixar o gramado, mas não havia mais substituições a serem feitas.
Navarro foi à Polícia e ao Jecrim (Juizado Especial Criminal) ainda dentro do Morumbis registrar um Boletim de Ocorrência contra Bobadilla. A Polícia chegou a buscar o paraguaio no vestiário são-paulino, mas ele já havia deixado o estádio.
Bobadilla é aguardado pela Polícia para prestar depoimento sobre o caso. A Polícia convocou uma coletiva de imprensa para hoje para falar sobre a ocorrência.
Os policiais também ouviram dois jogadores do Talleres, Lautaro Nahuel Bustos e Marcos Ezequiel Portillo, como testemunhas. Além disso, as autoridades colheram o depoimento do árbitro responsável pela partida, Piero Maza Gomez.
No elenco do São Paulo, Nahuel Ferraresi, amigo próximo de Bobadilla, também é venezuelano. Navarro afirmou que tanto Ferraresi quanto Arboleda teriam ficado do lado dele ainda no gramado.
Depois do ocorrido em campo, o árbitro da partida orientou Bobadilla a descer para o vestiário logo após o apito final para evitar mais confusões. Ele ainda estava no vestiário quando os demais atletas desceram, mas não mais depois do depoimento, que ocorreu cerca de 20 minutos após o término do duelo