Sem vagas nos hospitais públicos de Bauru, dezenas de crianças com bronquiolite aguardavam nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) a liberação de um leito hospitalar durante a noite de terça-feira (3). 6c2a36
A situação levou o vereador Junior Rodrigues (PSD) a publicar um vídeo nas redes sociais cobrando o Departamento Regional de Saúde (DRS-6) e a Secretaria do Estado da Saúde. De acordo com o parlamentar, o atendimento e o isolamento das crianças com a doença não ocorriam de forma adequada ante a superlotação nas unidades.
"Cadê as vagas de internação para Bauru? Estou agora percorrendo as UPAs. São quase 21h40. Quase 70 pessoas aguardando vaga de internação. Entre elas, há idosos e crianças com os pulmões inflamados, bronquiolite. É perigoso", declarou.
Ainda segundo o parlamentar, médicos e enfermeiros — servidores municipais que atuam nas UPAs — fazem o possível diante da alta demanda. Ele procurou o prefeito em exercício, Orlando Costa Dias (PP), que é médico, e o secretário municipal de Saúde, Marcio Cidade Gomes, para tratar da questão.
A expectativa é que os três participem de uma reunião no DRS-6, que representa o Estado junto à gestão dos hospitais estaduais.
O parlamentar também vê outro problema: a Central de Regulação de Ofertas e Serviços de Saúde (Cross), órgão do Estado que identifica vagas de internação aos pacientes que aguardam na fila. Segundo ele, há pacientes de Bauru transferidos a outras cidades enquanto pessoas da região são trazidas a Bauru.
"Não há organização por parte do DRS. Precisamos que os moradores de Bauru sejam tratados aqui. Precisamos da liberação dessas vagas. Já fizemos o pedido, por meio da Comissão de Saúde da Câmara, para reforçar o número de médicos nos hospitais", destacou o vereador.
Ele acrescentou que está acionando a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) e que pretende recorrer ao Ministério Público (MP), caso o problema não seja resolvido brevemente.
Em nota, a Secretaria de Saúde do Estado afirmou que "os leitos dos hospitais estaduais da região são destinados aos pacientes de todos os 68 municípios abrangidos pelo DRS, conforme a regulação da Central de Regulação de Ofertas de Serviço de Saúde (Cross)".
Ainda de acordo com a pasta, "atualmente, devido ao período de sazonalidade e aumento de doenças respiratórias, os hospitais da região operam com seus leitos em seu limite de ocupação".
"O DRS acompanha as demandas dos municípios da região e avalia continuamente a necessidade de ampliar a oferta de serviços. A Cross é um serviço intermediário entre os serviços de origem e de referência. Seu papel não é criar leitos, mas auxiliar na identificação de uma vaga no hospital mais próximo, seja ele municipal, estadual ou filantrópico, e apto a cuidar do caso. Esgotada a possibilidade de leitos na região, a busca é expandida para outros municípios", afirma o Estado.
A pasta reforça ainda que "vem adotando iniciativas para ampliar o o da população, como a Tabela SUS Paulista, que reou R$ 330,1 milhões para 41 instituições filantrópicas da região do DRS de Bauru, entre janeiro de 2024 e março de 2025".
"Os rees do programa fortalecem o o da população à saúde, ampliando a oferta de serviços e reduzindo filas e deslocamento de pacientes. Por meio do ree complementar aos valores pagos atualmente pelo Ministério da Saúde (MS), os hospitais filantrópicos podem receber até cinco vezes mais pelos procedimentos realizados no âmbito do SUS, em comparação à tabela federal", emenda.