
A Câmara de Bariri (56 quilômetros de Bauru) cassou por unanimidade, em sessão extraordinária realizada na noite desta quarta-feira (4), o mandato do vereador Gilson de Souza Carvalho (PSB) por falta de decoro. A denúncia que deu origem à Comissão Processante () contra ele foi protocolada na Casa no dia 13 de maio e o acusava de usar o cargo para, supostamente, cometer atos de abuso de poder e assédio moral contra funcionárias públicas municipais, fato investigado pelo Ministério Público (MP).
Os nove vereadores presentes na sessão (no lugar de Gilson, assumiu o suplente da sigla Paulo Fernando Crepaldi) votaram a favor do relatório final da , de autoria da vereadora Myrella Soares da Silva (União Brasil), assinado pelos demais membros, que pedia a perda do mandato do parlamentar. Com a decisão, Crepaldi deverá assumir a vaga do vereador cassado.
A advogada de Gilson, Daniela Rodrigueiro, informou que irá recorrer da decisão do Legislativo na esfera judicial por entender que existem algumas questões técnicas que merecem ser discutidas. Uma delas é o fato do suplente imediato ter participado do julgamento. "Nós entendemos que o suplente do suplente deveria participar, e não o suplente imediato", afirma.
O segundo ponto citado pela advogada refere-se ao fato do vereador ter sido cassado por quebra de decoro parlamentar por fatos ocorridos em anos anteriores à sua eleição. "Esses atos são anteriores à condição dele de parlamentar", diz. "É o primeiro mandato dele". Segundo Rodrigueiro, das três denúncias protocoladas contra ele na Câmara, duas já haviam sido arquivadas.
Ação penal
Em fevereiro deste ano, o parlamentar tornou-se réu em uma ação penal iniciada pelo promotor Nelson Febraio Junior por perseguição, agravada pelo fato de o crime ter sido praticado contra mulher por razões da condição do sexo feminino.